Quando avaliamos qual equipe irá ganhar a Copa do Mundo, costumamos ser exageradamente otimistas ou pessimistas. Afinal, dependendo do contexto, tendemos a ver a Seleção Brasileira como grande favorita ao título ou como uma reunião de atletas prestes a protagonizar um fiasco imenso.
É inegável que, mesmo em períodos de baixa, nós costumamos ser lembrados entre os favoritos a conquistar o principal torneio de seleções do mundo. Por outro lado, nem tudo é sobre o Brasil. Há outras seleções fortes que costumam dividir as atenções dos apostadores durante a Copa.
E no Catar, quais são as seleções favoritas a levantar a taça mais cobiçada do futebol mundial?
Favoritos ao título nas casas de apostas
Atualmente, as odds das casas de apostas para o título do torneio têm variado pouco. As cotas apresentadas abaixo, por exemplo, foram obtidas na Betfair em 22/09/2022.
- Brasil: 6.0
- França: 6.5
- Inglaterra: 7.5
- Argentina: 7.5
- Espanha: 8.5
Ou seja, o Brasil é o principal favorito a conquistar a taça. No entanto, há outras equipes fortes bem cotadas. Ou seja, esse tende a ser um torneio marcado pelo equilíbrio.
A seguir, apresentamos os pontos fortes e fracos de cada uma dessas equipes na disputa do título de campeã mundial.
Brasil
O Brasil é favorito ao título do torneio, mas isso não significa que não enfrentará problemas ao longo da competição. Afinal, o selecionado brasileiro tem tido dificuldades para superar as equipes europeias no torneio.
A principal força do time é a qualidade do seu ataque. A seleção conta com jogadores como Neymar e Vinícius Júnior, que são capazes de decidir jogos a qualquer momento. Além disso, costuma ter um bom aproveitamento nos chutes a gol. Ou seja, são raros os jogos em que a Seleção não consegue marcar pelo menos um gol.
A equipe também tem uma defesa muito sólida, como é normal nas equipes montadas pelo técnico Tite. Em grande medida, a chave para o sucesso do Brasil será ter controle do meio de campo e criatividade para jogar contra equipes fechadas.
O time também sofre com a ausência de um grande líder. Neymar, apesar de ser um grande jogador, não costuma ser um líder nato. Assim, a seleção pode ter dificuldades para se impor contra equipes mais fortes ou em momentos que exijam mais de seu emocional.
França
A França é uma das principais seleções europeias há muitos anos e, portanto, sempre é cotada para conquistar o título mundial. Atual campeã do mundo, teve bons resultados ao longo dos últimos anos, apesar de ter sido superado na Eurocopa.
O time costuma ter um bom equilíbrio entre ataque e defesa. Além disso, a seleção é muito forte no meio-campo, o que lhe permite ter um bom controle da posse de bola. Na frente, Benzema e Mbappé são as principais estrelas e podem formar uma dupla perigosíssima no Catar.
Outro ponto forte da seleção é a sua experiência. A França conserva boa parte do elenco que conquistou o título na Rússia. Com isso, tende a enfrentar qualquer adversário com tranquilidade e cabeça no lugar.
Por outro lado, a seleção tem sofrido com alguma instabilidade desde 2018. Faz grandes jogos intercalados com atuações ruins em partidas decisivas. Além disso, terá que superar uma maldição, já que as últimas seleções campeãs do mundo caíram na primeira fase da edição seguinte.
Inglaterra
A Inglaterra parece, por vezes, predestinada a nunca mais vencer uma competição de alto nível. Desde o seu único título de grande expressão, a Copa do Mundo de 1966, o English Team acumulou diversas frustrações. Não apenas na Copa do Mundo, mas também na Eurocopa. Afinal, os ingleses vêm de eliminações na semifinal nas últimas edições que disputou de ambas as competições.
Apesar disso, a qualidade está lá. A Inglaterra tem um dos melhores plantéis, atualmente, em termos técnicos. Em grande parte, isso se deve à competitividade da Premier League. Aliás, esse pode ser um fator decisivo para a equipe, que tem muitos jogadores acostumados a competir no mais alto nível.
Os ingleses têm o artilheiro Harry Kane e a estrela em ascensão Phil Foden, entre outros nomes conhecidos dos fãs de futebol. No Catar, portanto, o seu principal desafio será manter a cabeça no lugar para quebrar a tradição de derrotas em fases decisivas.
Argentina
A Argentina vivia, há pouco tempo, uma situação parecida com a dos ingleses. Apesar da enorme tradição a nível mundial, os hermanos vinham de um jejum de quase 30 anos sem títulos. Nesse período, bateram na trave diversas vezes. Foram derrotados na final da Copa do Mundo de 2014, pela Alemanha, e sofreram diversos baques em finais da Copa América.
No entanto, a conquista da Copa América em 2021 alterou completamente esse cenário. Ao superar o Brasil na final, a equipe recuperou a moral e a confiança. Com uma longa série de invencibilidade, chegará ao Catar como um dos times favoritos a conquistar a taça.
A seleção conta com um grande jogador no ataque: Lionel Messi. Além disso, tem outros craques no elenco, como os atacantes Ángel Di María e Lautaro Martínez. No meio-campo, o surgimento de jogadores técnicos e consistentes, como Paredes e De Paul, foi chave para que a equipe passasse a controlar melhor os jogos.
No momento, o que ainda causa alguma desconfiança entre os torcedores é mesmo a qualidade da defesa argentina. Esse é um problema antigo e que parece não ter sido resolvido plenamente. Portanto, pode ser o principal fator de risco no momento em que a equipe tiver partidas contra adversários europeus de alto nível.
Espanha
A Espanha já não vive há algum tempo o seu período áureo. Afinal, já se passaram cerca de 10 anos desde os títulos mais recentes da Copa do Mundo (2010) e da Eurocopa (2008 e 2012). Desde então, o estilo de jogo que consagrou os espanhóis naquele contexto, baseado em muito toque de bola, acabou superado por esquemas táticos mais dinâmicos e agressivos.
No entanto, a qualidade técnica ainda é marcante na seleção espanhola. A liga local é uma das mais fortes do mundo, equipes como Real Madrid e Barcelona continuam sendo referência mundial e o país vive uma cultura muito voltada ao futebol. Como resultado disso, a Espanha revelou diversos talentos nos últimos anos. Exemplos disso são o volante Rodri, do Manchester City, e o atacante Ansu Fati, do Barcelona.
Por outro lado, pesa contra os espanhóis a falta de jogadores de alto nível no auge de sua forma. Atualmente, a equipe é formada por um misto entre jovens promessas e atletas mais experientes, mas não tão habilidosos. Um exemplo disso é a presença de Álvaro Morata como opção de ataque.
Nosso prognóstico para o título da Copa do Mundo
Levando em conta os principais pontos fortes e fracos de cada time, o Brasil parece ter o melhor equilíbrio entre qualidade ofensiva e consistência defensiva. Além disso, o longo trabalho de Tite à frente da equipe pode ser um fator decisivo. Com a mentalidade certa e sorte nos detalhes, a seleção brasileira pode fazer jus à condição de favorita no Catar.